Motoristas denunciam farra dos guinchos na gestão Furlan. Foram mais de 65 mil multas, mais de 200 por dia, somente este ano

Por Redação 

O número de multas aplicadas pela Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac) e o faturamento do guincho que mantém contrato com a Prefeitura para recolher os veículos, triplicou nos últimos dois anos. Os dados são do Portal da Transparência.

Em 2022, foram mais de 70 mil multas, 65% por suposta irregularidade no estacionamento, o que pode gerar recolhimento do veículo. Este ano, segundo dados da CTmac, de janeiro a novembro, já foram mais de 65 mil multas, dois terços também de estacionamento indevido.

A infração gera 5 pontos na carteira, multa de R$ 127,69 e se o condutor não estiver presente, o recolhimento do veículo. Em geral, o procedimento nestes casos consiste em aguardar o retorno do condutor para autuá-lo, mas a “eficiência” dos agentes de trânsito é tanta que eles geralmente já andam acompanhados pelos guinchos, serviços terceirizados que faturam com base no número de veículos recolhidos. A “casadinha” é ilegal por dois motivos: o serviço é privado e o condutor pode até ser multado, mas deve ter oportunidade de retirar o veículo. Cada recolhimento, além da multa, gera uma taxa média de 150 reais pagos diretamente às empresas e dependendo da demora em retirar o veículo, a taxa de curral. 

Motoristas denunciam farra dos guinchos na gestão Furlan. Foram mais de 65 mil multas, mais de 200 por dia, somente este ano

Esta semana, num mesmo dia, mais de 250 veículos foram autuados no centro de Macapá, 65% por suposto estacionamento proibido. Os motoristas se queixam que a Prefeitura mudou vias sem critérios e reduziu vagas de estacionamento, o que gera os problemas. 

Mesmo que o condutor recorra da infração e consiga provar junto à Junta de Análise e Recursos de Infração (JARI) que a multa foi ilegal, o valor do guincho não é devolvido pela CTMac.