Ex-senador João Capiberibe fica revoltado com o desrespeito de Antônio Furlan à Lei da Transparência

Ex-senador João Capiberibe fica revoltado com o desrespeito de Antônio Furlan à Lei da Transparência

Por Redação 

 

O ex-senador João Alberto Capiberibe (PSB) não gostou nadinha de saber que o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), é quem menos cumpre a Lei da Transparência em todo o Brasil. Considerado o "pai da transparência", Capi é autor da lei, em vigor desde 2009, e foi um dos principais apoiadores do atual gestor na disputa pela Prefeitura de Macapá, nas eleições municipais de 2020.

Segundo fontes consultadas pela reportagem, o pessebista teria ficado extremamente decepcionado ao descobrir que Furlan não está cumprindo a Lei da Transparência, que ele mesmo ajudou a criar. Como defensor da prestação de contas à população, o ex-senador sentiu-se traído pela falta de compromisso do gestor de Macapá. A situação gerou um desconforto entre os dois políticos, considerando especialmente a proximidade que tinham durante as últimas eleições municipais. Capiberibe provavelmente irá cobrar explicações e exigir que Furlan cumpra com suas responsabilidades em relação à transparência na gestão pública, é o que esperam alguns de seus apoiadores.

A reação, contrariada por saber que o prefeito de Macapá trata a Lei da Transparência como "letra-morta", apenas realçou a crescente ojeriza de Capiberibe em relação ao prefeito macapaense. Na verdade, esta antipatia vem em espiral crescente desde as eleições de 2022, após Antônio Furlan ter supostamente autorizado a veiculação de um áudio fraudulento em que Capi anunciava sua desistência de concorrer ao cargo de senador, dando a entender que a decisão fora da cúpula do partido como suposta demonstração de apoio à então candidata ao mesmo cargo, médica Rayssa Furlan, primeira-dama de Macapá.

Depois, Capiberibe descobriu que o áudio doloso de quase um minuto e meio em que desistia da candidatura ao Senado foi gravado nos porões do Palácio Laurindo Banha, onde fica a Prefeitura de Macapá. Segundo fontes consultadas pelo portal REGIÃO NORTE NOTÍCIAS, Antônio Furlan teria colaborado com a conspiração para "tirar Capi de tempo" da campanha eleitoral e deixar o caminho livre para sua mulher.